Revista MS

Campo Grande,

janeiro 25, 2025

O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) apresentou o primeiro balanço da Operação Piracema 2024/2025, que foi iniciada em 5 de novembro com o objetivo de combater a pesca predatória e proteger os recursos pesqueiros durante o período de reprodução dos peixes.

O relatório, divulgado nesta semana, destacou o impacto positivo das ações realizadas até o momento, refletindo a crescente conscientização da população sobre a importância da preservação dos rios e da biodiversidade local.

Nesse período de fiscalização, as equipes do Imasul realizaram inspeções em 33 estabelecimentos comerciais e ranchos pesqueiros, além de montarem barreiras nos municípios de Terenos, Campo Grande e Aquidauana, resultando na abordagem de 422 veículos.

O trabalho de fiscalização levou à emissão de seis autos de infração, que somaram R$ 46.800,00 em multas aplicadas, e à apreensão de mais de 400 quilos de pescado irregular.

Além das infrações relacionadas ao transporte e armazenamento de pescado, os fiscais identificaram outras irregularidades, como construções sem licenciamento ambiental e poços sem a Declaração de Uso de Recursos Hídricos (DURH).

A operação conta com o maior efetivo de fiscalização já mobilizado no Estado. Ao todo, são 320 policiais militares ambientais, 70 fiscais do Imasul e, pela primeira vez, 120 policiais da Polícia Militar Rural (PMR), somando um total de 510 agentes.

Um dos diferenciais desta edição é o uso de tecnologia para otimizar a fiscalização. Com monitoramento via satélite e trabalho de inteligência, é possível mapear pontos críticos de pesca predatória, o que garante maior eficiência nas ações.

Outra inovação é o reforço das barreiras quádruplas, que dificultam a transposição para quem tenta pescar ilegalmente.

Além disso, a fiscalização inclui a verificação de licenças ambientais, outorgas de uso da água e a gestão de resíduos sólidos nos empreendimentos de pesca e turismo.

A Operação Piracema 2024/2025 segue até 28 de fevereiro de 2025 e, durante o período de defeso, toda pesca está proibida nos rios de Mato Grosso do Sul, exceto para as comunidades ribeirinhas, que podem pescar até três quilos de peixe por dia, exclusivamente para consumo próprio.