Revista MS

Campo Grande,

dezembro 1, 2024

O juiz Flávio Saad Peron censurou de diversos jornais, inclusive do TopMídiaNews, as primeiras matérias que denunciaram suposto abuso de fotógrafo de Campo Grande. A decisão foi comunicada nesta sexta-feira (29), mesmo dia que mais mulheres resolveram denunciar o mesmo profissional, inclusive com riqueza de detalhes.

O magistrado chega a citar o caso Escola Base para censurar as matérias, mesmo elas não contendo sequer o nome do profissional, justamente pelo fato do caso ainda estar em investigação. 

O advogado do fotógrafo, Gustavo Passarelli, conseguiu inclusive impedir qualquer nova veiculação sobre a primeira denúncia. Porém, a decisão judicial nada fala sobre novos casos que estão vido à tona, até com nota de repúdio de fotógrafos e videomakers profissionais de Mato Grosso do Sul.

O defensor alega que, mesmo sem o nome, seria de fácil identificação do profissional, e que é ‘mais que conhecido e reconhecido em seu meio social e profissional’. O caso citado ainda tramita em sigilo.

O TopMídiaNews, um dos censurados, por exemplo, sequer citou suposto atentado ao estúdio do fotógrafo, que teria sido fator de reconhecimento do profissional, e mesmo assim acabou caindo na censura do juiz.

Na petição do advogado, a única informação citada sobre o Top é seu alcance: “Por fim, há que se salientar que a questão também foi noticiada no portal TopMidiaNews (razão social Digitop Publicidade Marketing LTDA.)14, que tem alcance em todo o território sul-mato-grossense, o que evidencia que a repercussão extrapola os Municípios de Campo Grande e Dourados”, escreve Gustavo Passarelli.

O TopMídiaNews repudia qualquer censura jornalística, e lembra que o jornalismo profissional é uma das bases da democracia, seja no Brasil ou em qualquer lugar do planeta.