Revista MS

Campo Grande,

dezembro 1, 2024

Flávio Saad, 49 anos, acusado de matar a ex-mulher Ana Cláudia Rodrigues Marques, de 49, e o esposo dela, Carlos Augusto Pereira de Souza, de 49 anos, já foi denunciado e responde por ter tentado matar um amigo. O crime aconteceu em junho de 2015, no distrito de Águas do Miranda, em Bonito.

Na época, Flávio e a vítima haviam ido ao distrito para uma pescaria, porém, segundo relatos, teria ocorrido uma discussão entre os dois. O acusado, então, utilizando uma faca, teria desferido múltiplos golpes contra a vítima.

A vítima foi encaminhada para atendimento médico em Aquidauana, sendo atendido pelo Pronto Socorro Municipal. Ele chegou a ficar 14 dias internado e sofreu duas paradas cardíacas devido à gravidade dos ferimentos.

Flávio, assumiu o crime e foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, acusado de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil. A defesa, no entanto, pedia a desclassificação da conduta para lesão corporal grave ou homicídio simples.

O processo, ainda aberto, inclui depoimentos de testemunhas e laudos médicos que comprovam a materialidade do delito. Além disso, o juiz pronunciou o acusado para julgamento pelo Tribunal do Júri. Flávio, no entanto, respondia o processo em liberdade, aguardando julgamento.

Feminicídio e homicídio qualificado

Na madrugada desta segunda-feira (11), Flávio assassinou a tiros a ex-mulher Ana Cláudia, e o esposo dela, Carlos Augusto. O crime aconteceu na residência do casal, na Rua Ibirapuã, bairro Coophatrabalho, em Campo Grande

Por volta da meia-noite, o filho de Carlos Augusto, um adolescente, acordou ao ouvir o som de aproximadamente 10 disparos de arma de fogo e os gritos de socorro da madrasta.

Ele se escondeu no canto do quarto e acionou a Polícia Militar. Às autoridades, ele contou que reconheceu a voz do autor dos disparos, que seria do ex-marido da madrasta.

Segundo o menor, enquanto Flávio atirava, teria dito frases como “É isso que talarico merece” e “ainda não morreu?”.

Os agentes do Batalhão do Choque encontraram o corpo da mulher no corredor e o do marido na porta do banheiro. O suspeito havia fugido do local.

Os policiais iniciaram diligências ao longo da rua e tomaram posse das imagens de uma câmera de segurança, onde viram o suspeito indo e voltando do local do crime. As filmagens foram mostradas a um segundo adolescente, filho do atirador, que reconheceu o pai.

O filho de Flávio Saad passou um endereço onde o pai estaria possivelmente escondido. Lá, os policiais encontraram cápsulas de revólver calibre .38, 12 munições de calibre .32, 84 munições de calibre .357, um revólver calibre .22, e um revólver Smith & Wesson calibre .357, mas não encontraram o suspeito.

A cena do crime foi preservada até a chegada da equipe de perícia e da delegada titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). As armas e munições encontradas foram apreendidas e entregues à equipe de perícia.

O suspeito não foi localizado e o caso segue sob investigação.