Nesta segunda-feira (13/1), informa a Agrifatto, as negociações no mercado brasileiro do boi gordo ocorreram de forma moderada, influenciadas pelo impasse entre frigoríficos e pecuaristas, resultando em um volume de transações apenas suficiente para manter as escalas de sete abates, em média nacional.
Confira as cotações dos animais terminados, apurados no dia 13/1 pela Agrifatto; clique AQUI.
“No curto prazo, é possível que ocorra um aumento na oferta de boiadas gordas, o que pode resultar em um alongamento das escalas e, consequentemente, em um ligeiro crescimento dos abates”, acreditam os analistas da Agrifatto, que não descartam o surgimento de uma nova pressão baixista sobre os preços da arroba, justamente na partir desta segunda quinzena do mês, período conhecido por uma tradicional queda no consumo doméstico de carnes (devido ao menor poder aquisitivo da população).
Hoje, segunda-feira, o preço do boi gordo em São Paulo permaneceu em R$ 330/@ (tanto o valor do animal “comum” quanto o bovino com padrão-exportação), de acordo com dados apurados pela Agrifatto.
Nas outras 16 regiões brasileiras monitoradas pela consultoria, a média da arroba estabilizou-se em R$ 300,30.
“Pelo terceiro dia consecutivo, as 17 praças acompanhadas mantiveram suas cotações inalteradas”, destaca a Agrifatto.
No mercado futuro, o contrato do boi gordo com vencimento em fevereiro/25 foi o grande destaque na sessão de sexta-feira (10/1), encerrando a B3 cotado a R$ 328,05/@ o que representou um aumento de 0,55% em relação ao dia anterior.
Carne com osso
Atualmente, uma quantidade considerável de mercadorias permanece estacionada nos distribuidores, sem previsão de descarregamento, informa a Agrifatto.
Além disso, continua a consultoria, as devoluções parciais têm sido frequentes, motivadas por preocupações excessivas com a qualidade dos produtos — a conhecida “procura de pelo em ovo”.
Há ainda um volume considerável de produtos com ossos remanescentes das negociações da última quinta-feira (9/1), sendo oferecidos para entrega ao longo da semana, diz a Agrifatto.
“Até mesmo o dianteiro e a ponta de agulha, que estavam em alta demanda e apresentavam aumentos sucessivos de preços, passaram a ser menos procurados”, observa a consultoria.
Diante deste cenário, os distribuidores e as unidades processadoras de carne desossada estão rejeitando novas aquisições, uma vez que, na semana passada, adquiriram apenas o estritamente necessário para atender a demanda dos três primeiros dias desta semana.
“As vendas, consideradas fracas — um comportamento esperado para a segunda quinzena do mês — estão sendo ainda mais impactadas pelos impostos, taxas e outras despesas típicas do início do ano”, relata a Agrifatto, que acrescenta: “Esse quadro de lenta movimentação no mercado pode se prolongar até o final de janeiro/25”.
Abates com SIF
O abate de bovinos em plantas brasileiras com SIF registrou queda em dezembro de 2024, totalizando 2,12 milhões de cabeças. Esse número representa uma redução de 0,7% em relação ao mês anterior, informa a Agrifatto.
Apesar desse resultado, o total acumulado de 2024 chega a 28,33 milhões de cabeças abatidas em plantas SIF, o maior valor já registrado na história.
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